sábado, 10 de dezembro de 2011

Saudades mil...

Saudade...essa palavra que não faz sentido dizer, apenas sentir!

Sete anos, meu anjo...longe, sem ti. Perdida nesta vida sem o teu sorriso...e o teu jeito de falar. Só teu. E esses olhos verdes, verdinhos...da cor do teu Sporting. E não voltas...porque tu nunca partiste. Mas não estás. Não fisicamente. Mas no pensamento. No coração. No amor que ainda por aqui se respira.

No costumo ir muito àquele sítio onde dizem que estás. Não consigo. Dói. Choro. E dói mais ainda. E mais. A frase na pedra fui eu que a mandei escrever. Mas só isso.

Quando quero recordar-te, vou para o nosso local preferido. Foi lá a última vez que estivemos juntos a sorrir. Lembras-te?

Caminhámos juntos...o peso do teu corpo sobre o meu. Os teus olhos a pedirem desculpa pelo incómodo. Os meus, com amor, a responderem: "Não faz mal. Custa, mas iria nem que fosse até ao fim do mundo contigo "pendurado" em mim". Sorriste, com carinho. Momentos antes, os teus olhos diziam coisas diferentes. Mais tristes e mais dolorosas. Pediam ajuda. E eu queria tirar-te o sofrimento. Não consegui. Desculpa. Mil desculpas.

Uns, demasiado curtos, dias depois… o telefonema. As lágrimas. O adeus. Como custou o adeus. E custa. Ainda custa.

SETE ANOS! Sem ti...aqui ao pé de mim. A ver-me crescer. Como profissional, como mulher, como ser humano.

Saudade!!!!!!!!

Dizem que morreste. Não acredito. São doidos os que o dizem. Não sabem o que dizem.

Não morreste, porque continuas aqui… do lado de dentro do meu coração. Ouço a tua voz. Sinto o teu cheiro. Ouço os teus passos e as tuas gargalhadas. Sinto-te aqui.

Saudade, QUERIDO TIO… imensa, dolorosa e interminável.

"Foste, és e serás sempre «especial» para nós"

Em memória do meu TIO AU